A falta de Educação Financeira é um problema de saúde pública

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Não me lembro se já comentei aqui, mas fiquei bastante impressionada na Conferência de Educação Financeira e Comportamento do Investidor, realizada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários, o órgão que regula o mercado financeiro no Brasil) no Rio de Janeiro no início de Dezembro/2015, com a quantidade de palestrantes internacionais que falaram sobre o aumento do número de suicídios no mundo causados por problemas financeiros.

A dificuldade que as pessoas têm em compreender a complexidade do sistema financeiro e de se responsabilizar pela gestão das suas finanças pessoais leva ao super endividamento, que por sua vez leva ao desenvolvimento de problemas mentais como ansiedade, angústia e depressão, que por sua vez pode causar o suicídio.

Visto por essa ótica, a falta de Educação Financeira é um problema de saúde pública, uma vez que o nível de endividamento da população cresce, e junto com ele crescem também os problemas mentais que dificultam e as vezes até impedem as pessoas de trabalhar e levar uma vida saudável.

O que as pessoas não se dão conta é de que a dívida não vai embora com a morte, ela não deixa de existir depois que o tomador da dívida provoca a própria morte: ela passa para os familiares, os herdeiros da pessoa que se matou.

Suicídio não resolve problema de endividamento. Para resolver um problema de dívida o primeiro passo é deixar de fazer novas dívidas, depois renegociar as dívidas existentes e montar um fluxo de pagamento dessas dívidas de forma que as parcelas caibam no seu orçamento mensal sem comprometer a parte do dinheiro que você precisa usar para sobreviver.

Faça um Planejamento Financeiro e pense em estratégias para sair das dívidas.

Sobre Lavínia Martins, CFP®

Fundadora da FLUXO Planejamento Financeiro, é planejadora financeira certificada com a Certificação CFP® desde Fev/2010. É autora do blog “Finanças Pessoais e outras coisas” e do Instagram @lavinia.martins.financas. Foi Diretora da Planejar, a Associação Brasileira de Planejamento Financeiro e entidade responsável pela Certificação CFP® no Brasil por 4 anos. Participou do Conselho de Regulação e Melhores Práticas para a Atividade de Gestão de Patrimônio Financeiro da ANBIMA, e do Comitê Consultivo de Educação da CVM, como representante da Planejar. Participou dos seminários do networking internacional de educação financeira da OCDE-INFE durante 6 anos. Foi professora de Finanças Pessoais da B3 Educação e da Idea9 por 2 anos. Foi sócia da FinPlan Consultoria e Gestão Financeira por 3 anos, e possui 20 anos de experiência no mercado financeiro, atuando com planejamento financeiro pessoal e gestão patrimonial, e antes disso trabalhou por 3 anos em finanças corporativas de multinacionais como Louis Dreyfus Commodities e Rohm & Haas Química. Graduada em Administração de Empresas pela PUC-SP, possui pós-graduação em Finanças pelo Insper, especialização em Gestão de Patrimônio Familiar na Columbia Business School, em Nova York, EUA, e é certificada com o ACE: Advanced Certificate for Executives in Management, Innovation, and Technology (Certificado Avançado para Executivos em Administração, Inovação e Tecnologia) no MIT – Massachusetts Institute of Technology, em Boston, EUA.
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Uma resposta para A falta de Educação Financeira é um problema de saúde pública

  1. A quitação e renegociação das dívidas são os melhores remédios. Depois é só administrar e não repetir o mesmo erro. Assim eu fiz e assim me curei.

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