Não me lembro se já comentei aqui, mas fiquei bastante impressionada na Conferência de Educação Financeira e Comportamento do Investidor, realizada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários, o órgão que regula o mercado financeiro no Brasil) no Rio de Janeiro no início de Dezembro/2015, com a quantidade de palestrantes internacionais que falaram sobre o aumento do número de suicídios no mundo causados por problemas financeiros.
A dificuldade que as pessoas têm em compreender a complexidade do sistema financeiro e de se responsabilizar pela gestão das suas finanças pessoais leva ao super endividamento, que por sua vez leva ao desenvolvimento de problemas mentais como ansiedade, angústia e depressão, que por sua vez pode causar o suicídio.
Visto por essa ótica, a falta de Educação Financeira é um problema de saúde pública, uma vez que o nível de endividamento da população cresce, e junto com ele crescem também os problemas mentais que dificultam e as vezes até impedem as pessoas de trabalhar e levar uma vida saudável.
O que as pessoas não se dão conta é de que a dívida não vai embora com a morte, ela não deixa de existir depois que o tomador da dívida provoca a própria morte: ela passa para os familiares, os herdeiros da pessoa que se matou.
Suicídio não resolve problema de endividamento. Para resolver um problema de dívida o primeiro passo é deixar de fazer novas dívidas, depois renegociar as dívidas existentes e montar um fluxo de pagamento dessas dívidas de forma que as parcelas caibam no seu orçamento mensal sem comprometer a parte do dinheiro que você precisa usar para sobreviver.
Faça um Planejamento Financeiro e pense em estratégias para sair das dívidas.
A quitação e renegociação das dívidas são os melhores remédios. Depois é só administrar e não repetir o mesmo erro. Assim eu fiz e assim me curei.
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